terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Minha realidade


Sinto que não posso mais suportar isso. É torturante viver numa montanha-russa. As coisas quase nunca estão bem e quando estão, dentro de mim eu sei que vai acabar logo, então acabam não estando. Talvez seja difícil pra você entender, mas é assim que vivo. Eu nunca estou realmente feliz, nunca realmente bem, mas isso já é tão normal que fico até com vergonha quando me perguntam como eu estou. Não sei mais que resposta inventar. Não consigo mais dizer que estou bem, mas também não consigo dizer a verdade porque ela me machuca. Como continuar com essa realidade? Como continuar aqui?

Eu tento parecer o melhor que posso, tento parecer feliz. Meus pais já estão enlouquecendo com a minha situação, tento agradar eles. Eu faço o que posso pra parecer que estou melhorando e as pessoas vivem me dizendo que eu vou melhorar. Mas eu nem considero mais essa possibilidade. Tudo o que eu faço é ficar chorando e repetindo: "um dia eu vou morrer, eu sei que vou, eu só preciso ser forte até lá.". Meu scape é escrever, ouvir músicas, deshenar, pintar. E nisso que eu me apoio pra aguentar até morrer...minha esperança é saber que um dia eu vou morrer...eu sei que vou.

Purple Butterfly

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Por que não pensam antes de falar?


Por algum motivo estranho as pessoas tendem a não pensar direito antes de falar. Sabe, o que sai da sua boca é muito perigoso, pode destruir alguém, pode causar feridas na alma. Feridas do corpo são fáceis de cuidar, mas as da alma podem ficar abertas eternamente. E geralmente ninguém pensa nisso. Eles simplesmente falam, acabam com seu dia, com sua vida. Você fica lembrando de tudo o que aconteceu, de tudo o que foi dito, remoendo tudo aquilo, mexendo na ferida e ela vai abrindo cada vez mais.

Então a solução seria não mexer na ferida? Bom, se aprender como, me ensine. As vezes eles não querem nos machucar, mas machucam. Não estou dizendo que nunca falei nada sem pensar ou que nunca magoei alguém assim, sou humana e erro. Só estou dizendo que sei qual é o peso de palavras que são carregadas durante anos. Há tanta coisa que eu gostaria de retirar da minha alma, coisas que me machucam todos os dias e acabam fazendo com que eu me machuque ainda mais.

Coisas como todas as vezes que me chamaram de gorda, estranha, arrogante, sensível demais...Me corto como se essas palavras fossem embora junto com o sangue, mas não vão. É tão fácil acabar comigo que chega a ser ridículo. Como se eu tivesse o emocional de uma criança. É, talvez eu tenha, talvez aquela criança triste e amedrontada ainda exista aqui dentro. Mas no final de tudo isso eu só queria pedir pra eles pararem de falar sem pensar, de machucar tantas pessoas, de me machucar tanto.

Purple Butterfly

*Também disponível em littledarkbutterfly.blogspot.com.br

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Do meu ponto de vista

"Um vício é como uma obsessão, algo que toma conta da sua mente e de todos os seus pensamentos."
Do meu ponto de vista as coisas não são simples como eles dizem. Não se trata apenas de resistir, de ser mais forte, lutar mais, olhar pro apoio que eu tenho e deixar de ficar triste. Do meu ponto de vista é como se eles quisessem tirar algo que me faz muito bem de mim, é como se eles estivessem contra mim. Todos eles, querendo que eu fique mal sem as lâminas, fique gorda. Eles querem tirar de mim algo que eu amo demais e preciso muito, querem também tirar a minha tristeza. Meus Deus, ela está comigo desde que eu nasci, eu sou assim. Do meu ponto de vista tudo o que está acontecendo aqui são eles não me aceitando e querendo mudar quem eu sou.

É um vício: cortar e vomitar. Eu admito, eu sei que isso toma conta dos meus pensamentos mesmo que eu não queira. Faz com que eu os ponha acima de qualquer outra coisa, acima do meu bem estar, acima de escutar quem me ama. Racionalmente eu sei que eles querem meu bem, sei que eles querem me ajudar, mas preciso admitir que a minha vontade é fugir. Gritar: "Me deixem em paz! Me deixem sofrer em paz!" e sair correndo pra um lugar no qual eu posso me cortar, ficar sem comer, vomitar, sem ninguém me vigiando.

Quando penso nisso, no jeito que as lâminas e a bulimia fazem eu achar que meus pais e meu namorado querem meu mal, eu vejo o quanto estou doente. Mas mesmo assim esses pensamentos continuam na minha cabeça. Não é fácil assim, não é só olhar pra como eu sou amada e pro apoio e simplesmente sair da depressão. Não basta olhar pro meu futuro e desistir dos cortes e do suicídio. É bem mais complexo do que isso. Acho que só quem já passou ou passa por isso pode entender como é achar que o mundo está contra você, enquanto na verdade estão tentando te ajudar.

Precisava falar isso.

Purple Buttefly

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Atos de desespero (Eu tenho orgulho de ter escrito esse texto)

- " Você sabe as consequências de ser magra ao extremo? Você pode ter dificuldade pra ter filhos, você pode ter doenças, você pode morrer."




- "Cara, eu não sei porque alguém se auto-mutilaria. Isso é algo muito burro de se fazer, você não ganha nada com isso, só dor. Só se você for masoquista pra gostar disso."



Recentemente eu ouvi essas duas declarações de pessoas diferentes. E a uma delas eu respondi o seguinte:

Eu não sei como é a sua vida, não sei o que você já passou. Não sei se você sabe como é viver todos os dias da sua vida ouvindo pessoas te chamando de gorda, de feia, dizendo que você não é boa o suficiente. Não sei se você sabe como é ouvir alguém dizer que você não é merecedora de nada, que não deveria estar ali porque é gorda, quem merecia era a magra. Não sei se você sabe como é ser excluído por causa do seu peso, ver que você é diferente dos outros, ver garotas conseguindo fazer coisas que você se esforça ao máximo pra fazer, mas não consegue por causa do seu peso. Não sei se você sabe como é o olhar de desprezo, perceber ver que seu prato é sempre o mais cheio, ouvir alguém dizer sobre você :"ela é gordinha né? Não sabia que gordinhas dançavam.". Não sei se já te disseram que você não serve pra fazer o que você ama fazer, se você já sentiu tanta dor dentro de si mesmo que nem um grito aliviava. Não sei se você sabe como é se odiar, odiar a sua imagem, passar anos querendo ser outra pessoa, ter vergonha de comer na frente dos outros. Mas sabe, passar por tudo isso pode fazer alguém entrar em desespero. E pessoas em desespero comentem atos muitas vezes burros. Não é realmente muito inteligente se mutilar, beber vinagre, detergente ou comer sabão pra vomitar. Não é muito inteligente ficar sem comer visto que isso causa danos à sua saúde. Mas o fato é que não só eu como muitos outros estão em desespero e essas foram as saídas que encontramos. Passamos a odiar a comida e descontar o ódio em nós mesmos. Não sei se você sabe como é isso, mas espero que entenda que o que aconteceu aqui foi que a sociedade nos deixou em desespero.

Purple Butterfly

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ignorar meus sentimentos


Antes disso tudo começar, antes dos cortes, da bulimia, a minha vida era um pouco mais fácil, mais simples. Eu quero que volte a ser assim, não agüento mais tudo isso. Meu pai me ameaça caso eu volte a me cortar, minha mãe diz que vai mudar comigo. Sempre que falo como me sinto alguém que eu amo sai machucado. Depois de tudo que ouvi hoje não tem como continuar. Eu preciso admitir de uma vez por todas: eu sou fraca e a culpa é minha. Sim, eu estou fugindo da verdade, sim eu sou covarde, tenho medo dos meus problemas.

Por que sou fraca? Por que existem pessoas que passaram por coisas muito piores do que as que eu passei e não se cortaram, minha mãe é uma. Ela teve uma vida bem problemática e está aí. Por que a culpa é minha? Bom, primeiro eu poderia ter pedido ajuda mais cedo e segundo quem escolheu pegar a faca e fazer o primeiro corte fui eu. Por que sou covarde? Porque estou fugindo dos meus problemas, vou ignorá-los a partir de agora.

Eu não estou dizendo que isso se aplica a você, essas conclusões eu tirei de acordo com a minha história. Mostrar quem eu realmente sou, como eu realmente me sinto só me fez mal, me trouxe mais problemas, magoou pessoas que eu amava. Ficando quieta só quem se machuca sou eu. Um dia eu irei morrer e tudo isso irá terminar, só preciso ser forte até lá. Até a minha morte vou tentar aproveitar a vida ao máximo e fazer quem eu amo feliz. Acho que consigo ser forte por mais no máximo uns 70 ou 80 anos (isso se eu viver tanto).


Purple Butterfly

Estou tão cansada


Acho que estou cansada. Cansada de tentar melhorar e sempre falhar, cansada de tentar emagrecer e sempre falhar, cansada dessa vida. Já não sei mais o que fazer, me sinto mal constantemente. Admito que até acho bom de certa forma quando algo de ruim acontece, porque pelo menos assim eu posso justificar minha tristeza. A maior parte do tempo estou triste "sem motivo algum".

As pessoas acham que tudo isso vai mudar, mas na verdade eu sei que não vai. Eu sempre fui assim, a diferença é que agora eu mostro como estou. Acho que com o tempo eles vão perceber isso, perceber que a menina feliz não existe. Só me resta decepcioná-los. Essa dor, essa tristeza, elas sempre estiveram aqui, não acho que vão embora. Cada amanhecer é uma nova luta, um novo dia pra conviver com isso. E não vai mudar, não acho que vá mudar.

Purple Butterfly

sábado, 14 de dezembro de 2013

Confissão 1: Ana e mia


Eu tenho tentado esconder isso o máximo que eu posso. E não é exatamente uma tarefa difícil já que eu sou gorda. Se eu fosse magra talvez alguém suspeitasse, mas não é o caso. Quando eu e meu namorado começamos a namorar ele percebeu que eu tinha vergonha de comer na frente dele, mas não era realmente um problema. Sabe, é triste ser assim, ser gorda e ser uma fracassada no seu objetivo.  Eu quero ser magra, e esse desejo não é sobre ser perfeita ou sobre um padrão, é sobre o número que aparece na balança, ele me machuca. Todas as vezes que vou subir na balança é como na imagem acima. Coloco um pé bem devagarzinho e quando os números saem do zero eu já me sinto mal.

Eu costumo dizer que quero alcançar 47kg (eu tenho 1,75m), mas isso não é totalmente verdade. Eu gostaria de ter menos que isso, 23kg, 17kg...13kg. Eu sei que pode parecer loucura, mas eu sinto essa vontade. É tão triste isso, saber que nunca conseguirei alcançar meu objetivo. Meus pais me vigiam, meus namorado, meus amigos, todos são contra. Desse jeito sempre serei uma fracassada. Isso dói demais em mim, dói muito. Dói quando eu termino de comer e vejo que fui fraca mais uma vez. Dói quando não posso vomitar, dói quando me chamam de gorda, dói me olhar no espelho, dói não ser compreendida.

Talvez tudo isso que eu sinto seja loucura, mas é o que eu sinto. Não espero que você entenda, só queria que me escutasse. Realmente ser uma ana/mia gorda é horrível. Por que não posso ser magra? Meu Deus, como eu choro...choro agora também. Me chamam de fraca por não resistir a esses transtornos, mas na verdade eu sou por não resistir à comida. Cada vez que me chama de fraca só dói mais. Dói, mas é verdade.

Purple Butterfly

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Você sabe como é?


Você sabe como é chorar até seus olhos, sua cabeça e seu rosto doerem? Sabe como é ficar sentado no escuro, sozinho, apenas quieto? Sabe como é sentir que o mundo inteiro está nas suas costas? Sentir que o mundo inteiro exige de você uma perfeição que você simplesmente não consegue alcançar? Sabe como é andar na rua sentindo todos os olhares sobre você? Sentir que todos aqueles olhares estão gritando: "O que é isso no braço dela?", "gorda", "fracassada", "estranha".

Você sabe como é sentir que seu corpo está no limite? Sentir que seu corpo não aguenta mais ficar sem comer, ficar de pé, continuar com exercícios, continuar vomitando, continuar se cortando. Mas mesmo com o seu corpo gritando pra você parar você continua...Continua porque precisa ser magra, precisa liberar a dor. Sabe como é sentir que o ar à sua volta é apertado e incomodo? Estar sob constante pressão, sob os olhares daqueles que esperam e exigem que você pare de ser "louca".

Sabe como é sentir uma dor que simplesmente não sai co palavras, uma dor que é agonizante e te corrói de dentro pra fora? Sentir que essa dor só vai acabar por alguns instantes se você matar um pouco de si com um corte? Ser rejeitada, ignorada, vilipendiada, excluída, a estranha. Sabe como é achar que você merece tudo isso só por ser esse erro que você acha que é?

Sabe como é se sentir um monstro?

Eu sei.

Purple Butterfly

domingo, 8 de dezembro de 2013

O espelho


Ele me atormentou durante toda minha vida. Nunca boa o suficiente, nunca magra o bastante, nunca com o cabelo perfeito. Só que não adianta, eu não posso fugir dele, não posso fugir do meu espelho. Tem momentos na minha vida que eu o odeio, e quando digo "momentos" quero dizer quase o tempo todo. Sabe por que? Porque ele me mostra uma coisa que não gosto de ver, ele me mostra algo que me lembra do meu fracasso, ele me mostra meu corpo. Ele mostra como eu sou fracassada em conseguir ser magra, em resistir à lâmina. Eu já quis fazer isso que está no gif, eu queria quebrar o espelho como se estivesse quebrando à mim mesma.

Eu queria poder ser como essas meninas que não precisam de muito pra ficarem bonitas numa foto, meninas que não precisam de muito esforço pra serem notadas, mas eu não sou. Eu sou a menina que se machuca pra ser bonita, que usa faixar que apertem ao máximo a sua barriga, até ficar sem ar, só pra parecer magra. Sou a menina que vomita tudo que come, sou a menina que passa horas ajeitando o cabelo pra tentar ficar boa e que sai feia em todas as fotos. Eu evito olhar para outras meninas porque isso só me faz mal. São todas melhores do que eu e isso não vai mudar enquanto eu não deixar de ser gorda.

O espelho nunca vai me mostrar como eu realmente estou, então acho que seria melhor se eu parasse de me preocupar tanto com ele, mas não posso. Eu preciso ver nele o que me fará feliz, eu preciso me ver magra, linda. Eu acho que isso nunca acontecerá, mas mesmo assim eu vou continuar tentando. E enquanto isso ele vai continuar mostrando meu fracasso, me atormentando, acabando comigo todos os dias.

Purple Butterfly

Daughter to Father (Filha ao pai)


Papai, eu sei que erro muitas vezes, sei que magoo você e a mamãe, mas eu sempre tento o meu melhor. Eu nunca quis trazer tanto sofrimento pra dentro de casa, eu nunca quis que vocês sofressem. Os cortes vieram e eu não consegui evitar, eu não queria ferir vocês. Depois você descobriu sobre meus desejos suicidas e a bulimia, eu não queria que ninguém soubesse, mas agora já está feito.

Eu sei que você me ama, mas da mesma forma que eu sei que eu te magoei você me magoa muito. Lembra de quando vocês me encontraram no quarto com os pulsos cortados e tinha sangue espalhado pelo chão? Você me perguntou: "Me reponde com sinceridade: onde a gente errou com você?" Bem, você não sabe como aquilo me atingiu. O modo como você quer me obrigar a parar com os cortes, eu queria que você tentasse entender.

Eu sempre fiz tudo pra te agradar, sempre fui a melhor em tudo por amar você. Sempre que eu errava você me ignorava, me magoava muito. Pai, eu não sou perfeita, eu sempre tentei ser, mas infelizmente eu até agora eu não consegui. O que eu mais quero nessa vida é trazer felicidade a você e à mamãe, mas acho que tenho falhado nisso.

Pai, eu te amo muito e sei que você me ama, mas acho que eu só pioro as coisas. Talvez você nunca leia isso, mas o que importa é que está escrito. Eu queria ser melhor do que isso, eu sempre quero ser melhor. Eu tento...eu tento tanto...mas eu sou humana. As vezes parece que você acha que eu quero acabar com a mamãe fazendo essas coisas, mas na verdade, pai, eu só quero acabar comigo mesma.

Me perdoe por ser esse erro, vocês sempre me deram o melhor de vocês. Me desculpe, por favor, me perdoe...

Purple Butterfly

sábado, 7 de dezembro de 2013

I'm not Crazy



Eu estou com muito medo de ser internada. Minha mãe ameaçou contar pro meu psciquiatra que eu continuo vomitando e que voltei a me cortar. Se isso acontecer ele vai querer me internar. Ele disse que se eu continuasse me cortando iria me internar. Como assim? Eu não sou louca. Eu só quero emagrecer, me sentir bem, quero me aliviar. É tão difícil assim de entender? Eu não me corto mais nos braços, não to mais correndo risco de vida.

Eu preciso continuar miando, eu to emagrecendo. Tá, eu admito que estou ficando doente e com anemia, mas o que importa é que estou perdendo peso. É temporário. Quando eu conseguir pesar o que eu quero eu vou parar, eu prometo que vou. Eu estou com muito medo, se eu for internada...Meu Deus, não quero nem imaginar.

E os cortes, eu to bem melhor em relação a eles, nem me corto tanto como antes. Hoje em dia eu consigo ficar dias sem me cortar e quando corto são somente alguns e na perna. Antes eram de 60 pra cima, todos fundos e espalhados no corpo. Eu estou me controlando. Vou implorar pra ele não me internar. NÃO SOU LOUCA!

Purple Butterfly

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Me sinto leve


Eu me sinto bem, me sinto leve, de um jeito que não me sentia há muito tempo. E sabe por que? Porque os cortes voltaram e eu comecei a miar meu almoço todos os dias. E depois tudo que fizeram para eu melhorar, só me sinto relativamente bem agora. Então, por que parar? Vou continuar miando sempre que puder, comendo o menos possível. Hoje me pesei, muito feliz, perdi 2 kg e vou continuar perdendo. Os cortes me aliviaram demais, me sinto bem melhor.

Tomara que tudo continue assim. Estou bem tranquila, não feliz exatamente. Estou querendo ficar mais isolada, acho que é a fase depressiva da bipolaridade, talvez passe. Mas vou fazer o possível pra não demonstrar, eles tem que pensar que está tudo bem. E realmente está! Enquanto eu me mantiver controlada e miando, vou emagrecer sem ficar fraca e os cortes não serão percebidos.

*OBS: Pra quem não sabe miar = vomitar

Purple Butterfly

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Ao leitores do Blog!

OBRIGADAAAAAA

Gente, muito obrigada. O blog alcançou mais de 1000 visualizações em menos de uma semana. Muito obrigada pelo apoio, vocês deixam meu dia mais feliz. Espero que estejam satisfeitos com o conteúdo e continuem visitando. Amo vocês.

Não é fácil


Não é fácil levantar da cama todos os dias sem vontade alguma de viver. Não é fácil se arrumar e sair para trabalhar ou estudar, entrar pelas portas da escola e encarar a todos se sentindo insignificante. Levantar a cabeça e agir como se estivesse tudo bem, sorrir das piadas que os outros contam, conversar normalmente sabendo que por dentro você está desmoronando e que ninguém ali está nem aí pra você.

Não é fácil se sentir diferente de todo mundo, um erro, fracassada, feia. Sentir que você não faz diferença alguma, que a sua presença ali não muda nada. Não é fácil ver todos a sua volta com a expectativa de que você melhore, mas você não consegue. E isso só faz você se sentir pior porque não quer machucar os poucos que te amam. Você não consegue...eu não consigo, estou desabando.

Essa dor está aumentando, estou lentamente chegando ao meu limite. Não sei mais quanto tempo vou aguentar. Eu só quero fazer as pessoas felizes porque eu sei que eu mesma não posso ser, mas eu poderia mudar a vida de alguém, então eu teria sentido. O pior de tudo, o que é mais difícil, é ir dormir todos os dias desejando não acordar mais para ter que recomeçar tudo isso de novo.

Purple Butterfly

Eu sou uma grande idiota


Hoje eu tinha tomado uma decisão, decidi parar de mostrar meus sentimentos, mostrar minha tristeza. Eu decidi voltar à minha época de sorrisos falsos, de esconder quando estou mal, de chorar baixinho a noite sem ninguém escutar. E sabe no que deu? Pessoas que eu amo ficaram irritadas comigo. Ficaram irritadas porque não queriam que eu fingisse, mas como eu posso continuar assim se toda vez que mostro como estou eu vejo a dor nos olhos deles. Eu só queria ajudar...só queria preservá-los.

Eu estou cansada de machucar os outros com a minha dor, é minha dor e eu devo carrega-la. Já é difícil pra mim suportar tudo isso, eu não posso joga-la em outra pessoa. Eu só queria deixa-los felizes, queria estar com eles sorrindo mesmo contra minha vontade, mas eles não querem isso. O que eles realmente querem é que eu seja feliz de verdade, que eu fique bem, sem cortes, sem ficar sem comer, sem me achar gorda. Só que isso eu não posso dar pra eles. Mesmo que eu melhore uma hora ou outra eu vou acabar ficando mal de novo.

Chega uma hora que cansa falar dos seus problemas sempre pra mesma pessoa, porque seus problemas não mudam então você se torna chato. Eu só queria evitar isso, eu queria uma relação normal com eles. Eu só queria fazer o bem, mas nem isso eu consigo. eu só consigo trazer dor a eles e a mim mesma. Eu sou uma grande idiota por tentar isso, por falar que ia fazer. Sou idiota porque não consigo mais mentir. Depois que toda essa dor veio a tona eu não consigo mais ignora-la.  Sou uma grande e estúpida idiota que machuca a todos que ama.

Purple Butterfly

Eu não estou triste, eu sou triste.

Eu tento ser feliz, mas eu simplesmente não consigo.



Já faz parte do meu dia a dia., eu nem me surpreendo mais quando me sinto mal, é normal. Sabe, tem vezes que eu acho que isso é culpa minha. Talvez eu tenha desistido de mim, desistido da felicidade, e agora já seja tarde demais pra tentar qualquer coisa. Sinto como se a tristeza já fizesse parte de mim, ela rege meu modo de pensar e agir, simplesmente não consigo me libertar. A solidão sempre me preenche com um vazio agoniante, mesmo que eu esteja perto de outras pessoas. Tudo que me resta é me render, aceitar que sempre serei assim.

E se eu não me render? Bem, eu tenho lutado, mas parece que não faz diferença. A tristeza sempre me ganha, a apatia é mais forte. Eu quero ficar trancada no meu quarto, eu luto pra sair, mas é tão difícil. Acho que eu sou assim, triste, nada vai mudar, nunca...Sempre haverão os cortes, o choro, a depressão, a apatia, a raiva. Talvez essa seja a maior parte de mim, uma parte que cresce a cada dia, uma parte que me domina. Eu não sei se sou forte pra este mundo, talvez eu não seja, talvez eu devesse...desaparecer...

Purple Butterfly

Eu preciso me cortar

Tão fraca...

"Eu não posso controlar mais isso"

Essa menina que anda por aí espalhando esperança e tentando acreditar num futuro melhor, bem, sou eu. Essa garota que se faz de forte na frente das pessoas, mas que é tão fraca que não consegue passar uma noite sem desejar a lâmina. Eu quero tanto me cortar agora. Os dias parecem tão longos e intermináveis. Eu torço pro dia acabar logo pra que possa dizer que consegui passar mais um dia sem me cortar. Dias parecem semanas...

Eu queria poder retribuir a todos que tentam me ajudar, mas eu não posso. Eu não consigo viver sem a lâmina, o seu corte me traz algo que eu não consigo explicar. Está além de mim. É uma tentação tão doentia e atraente, algo que me domina, que me faz desejar seu corte o tempo todo. Eu...eu sou...tão fraca, tão louca, tão doente, tão triste, tão depressiva, tão difícil, tão apaixonada pela lâmina.

Purple Butterfly

Eu preciso morrer

Essa dor não para, nunca.


Há um tempo atrás eu escrevi um texto chamado "Minha Rotina". Eu coloquei muito sentimento, pra botar pra fora tudo que estava arranhando meu peito. Nele eu disse que sempre que eu caio após levantar eu não volto pro mesmo lugar, eu caio num lugar mais fundo, mais sombrio. Pois é, foi isso que aconteceu. Eu não aguento mais, isso é torturante. Eu achei que eu finalmente tinha encontrado um meio de ser feliz, mas nada adiantou. O vazio que me preenche por dentro aumenta a cada dia. Só piora, tudo piora, a tristeza aumenta.

Meus cortes estão cada vez mais fundos. Todas as noteis eu penso como é atraente a ideia do suicídio. 24h por dia, 7 dias por semana eu penso: "Eu preciso morrer". Isso ecoa pela minha mente o tempo todo. Eu quero tanto morrer, a única razão pela qual não matei é a minha mãe. Eu sei que sou substituível pro resto do mundo. Meus amigos podem arranjar outros amigos, meu namorado pode achar alguém que o faça feliz, meu pai pode ter outra filha, mas minha mãe não. Eu sou a única filha que ela tem e que vai ter em toda a sua vida, ela sempre foi tão maravilhosa comigo, uma mãe perfeita, não posso fazer isso com ela.

Eu aguardo a minha morte como uma noiva aguardo o noivo. Minha esperança, minha paz, eu nem penso no que acontecerá depois. Só sei que preciso morrer, a vida precisa sair de mim. Por que eu ainda estou aqui? Por que eu fui criada? Eu queria nunca ter nascido. A única coisa que me conforta nessa vida é saber que um dia eu irei morrer. Saber que um dia tudo isso irá terminar. A tristeza, a angústia, o vazio me consome. Talvez você ache que eu só estou fazendo drama, tudo bem se você pensar assim. Eu precisava colocar esses sentimentos aqui, porque se não o fizesse, a lâmina o faria. Só que ela o faria bem fundo em meus pulsos. Vou dormir, confesso que desejo nunca mais acordar.

Purple Butterfly

Minha Rotina

Se você não passa por isso, não espero que entenda, não completamente.



Sinto como se estivesse prestes a explodir. Minha rotina é torturante. Suicídio, cortes, dor, sofrimento, agonia, rejeição, isso nunca sai da minha mente. Pode ser que por alguns momentos eu me distraia, mas eu sempre volto a cair. O pior é que quando eu caio após levantar eu não volto pro mesmo lugar, eu vou pra um lugar mais fundo, mais sombrio do que antes. Amigas me falam "tenta assistir um filme de comédia, pra te fazer rir". O que elas não entendem é que o vazio que fica depois que aquela alegria passageira vai embora é terrível, difícil de suportar. Eu tento, eu quero ser forte. Mas eu já tentei tanto, já cai tantas vezes, acho que minha alma já se esqueceu de como são alguns sentimentos que acho que as pessoas chamam de alegria, paz ou esperança.

Eu sofro por ser assim. O pior é a decepção que eu vejo no rosto da minha mãe quando ela olha pro meu braço e diz: "Você se cortou de novo?". E ainda ter que ouvir as pessoas dizendo: "Isso aí é pra chamar atenção. Para com essa modinha." Chamar atenção? Ué, por que eu os escondo todos os dias, então? Se eu pudesse pararia agora, eu não aguento machucar aqueles se importam comigo. Porque querendo ou não, toda vez que me corto eu também machuco os que me amam. Se um dia eu parar, não vou parar por mim, vou parar por eles. Vou parar pra que minha mãe não sinta que falhou comigo. Porque ela não falhou. Ela sempre foi maravilhosa, o problema foi o resto do mundo.

Estou cansada da dor, cansada dos cortes. Queria voltar atrás e mudar minhas ações, fugir das decepções. Ir para uma escola diferente. Não ficar amiga de certas pessoas pra que depois elas me abandonassem. Não fazer o primeiro corte. Mas a verdade maior, aquilo que mais me assusta e me atormenta é saber que não importa o quanto meu futuro possa ser maravilhoso, eu nunca vou mudar meu passado. As decepções sempre estarão dentro de mim. As cicatrizes sempre estarão em meus braços.

Purple Butterfly.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Eu odeio meu corpo


Dói muito saber que não importa o quanto você tente você nunca vai ser como elas. Magras, lindas, perfeitas. Não importa o seu esforço, a sua vontade, o ódio que você sente pelo seu corpo. Não importa o quanto você esteja disposta a sacrificar, ninguém quer que você alcance seu objetivo. Todos te dizem para comer, todos te vigiam para não vomitar, todos vigiam suas dietas. Não importa o quanto eu tente, eu nunca vou conseguir.

É assim que eu me sinto. Me machuca ver minha barriga, minha gordura, os números na balança. As roupas que ficam feias em mim, roupas que ficariam lindas em uma menina magra. O jeito como as pessoas me olham quando estou comendo. Na minha cabeça é como se todas estivessem gritando: "Ei, sua gorda, você não devia estar comendo tanto.". Me machuca...me machuca demais. Eu tenho vergonha de comer na frente dos outros. E de certa forma até acho a sensação de estar com fome agradável.

Sou fraca demais para ficar sem comer. Já tentei de tudo, mas esse peso, esse corpo, me atormentam. Como alguém pode viver em paz assim, odiando o próprio corpo. Esse corpo gorda já me tirou sonhos. não posso ser bailarina nem ginasta, porque essa gordura só atrapalha. Nunca poderei realizar o sonho de dançar na ponta, uma bailarina linda e profissional ou de dar voltas e saltos como ginasta. Ser gorda só me traz problemas. E daí que não é saudável eu ter o peso que eu quero ter? Vocês acham saudável eu me odiar assim? Acham que é melhor eu ficar com o corpo saudável e a mente quebrada?

Sou uma fracassada nesse sentido. Não importa o quanto eu tente, mesmo que eu sacrifique tudo, nunca vou deixar de sr gorda assim:




Para ser como eu queria ser, magra e perfeita assim:




Encerro chorando, com as lágrimas caindo sobre meu teclado.

Purple Butterfly

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Por que eu me corto

Há mais dor dentro de mim do que eu posso suportar.


Os cortes não são nada comparado ao que há dentro de mim. Eles são fruto da dor, do bullying, do desejo de aceitação, do choro noturno que não era ouvido, da exclusão. Eles são fruto de todas as vezes que fui chamada de gorda, feia, arrogante, lerda e etc...as pessoas são bem criativas com insultos. Tantas vezes eu passei horas chorando sozinha, as vezes na minha cama na hora de dormir ou simplesmente jogada no chão do quarto chorando sem parar. Penso que se as pessoas conseguissem enxergar toda essa dor dentro de mim, elas não iriam perguntar por que eu me corto, iriam perguntar como aguento.

A tristeza sempre esteve em minha alma e agora ela está em meu corpo. Minha alma chora, meu coração dói pois está pesado, ele já não aguenta essa vida. E por isso meus pulsos sangram. Os cortes aliviam tudo de uma maneira única, de um jeito que palavras e outras cosias não podem fazer. A lâmina é única, o corte é único, o sangue...Me acha louca? Doente? Sim, eu estou doente. Minha alma está clamando por cura e libertação e meu corpo sofre as consequências disso.

Atualmente eu me sinto melhor, mas os cortes já se tornaram um vício. Mesmo não estando tão triste quanto antes, eu sinto a necessidade de me cortar. Nada me faz tão bem, apesar de durar apenas alguns segundos. É como uma droga, me faz mal em todos os outros sentidos, mas preciso disso pra viver. Tento aguentar o máximo que posso, mas minha mente já está condicionada aos cortes. Ansiedade, tristeza, nervosismo, vergonha, tudo leva aos cortes. A lâmina...como eu desejo ela, é uma tentação, sinto meu corpo tremer só de falar nela. Só que no final a verdade continua sendo uma só: quem sangra mais não são meus pulsos, e sim minha alma.

Purple Butterfly

domingo, 1 de dezembro de 2013

Era pra ser um dia perfeito


Estava tudo preparado: Roupas novas, maquiagem, bolsa. Ia ser um dia perfeito com meu namorado, mas como sempre esse meu emocional, essa montanha russa dentro de mim quis acabar comigo. Acordei já querendo vomitar, sem nem mesmo ter comido nada, com medo de levantar da cama, com nojo da comida. eu preciso e vou sair de casa, mesmo com esse medo, essa dor latejando dentro de mim.

Não sei se vou conseguir passar esse dia sem vomitar ou sem me cortar, mas prometo que vou tentar. Afinal essa é minha vida, não é? Tentar resistir, uma batalha a cada dia, a cada segunda.

Purple Butterfly

sábado, 30 de novembro de 2013

Desesperada


As vezes o desespero toma conta da gente. Chegamos a um ponto no qual não dá pra agüentar, não dá pra simplesmente abaixar a cabeça e sorrir, é demais...É demais pra mim. Agora todos pensam que eu estou melhor, mas ainda tenho muito o que melhorar. Eu ainda quero me cortar, não quero comer. Se eu me cortar vão me internar, se eu ficar sem comer ou vomitar, vão me internar. Estou a um passo de ser internada. Minha cabeça está explodindo.

Que ódio de mim. Minha vontade é gritar, chorar, destruir o quarto, cortar meus pulsos, pernas, coxa, barriga, todo meu corpo. Essa dor me consome de dentro pra fora, me deixa louca. Não dá pra ficar assim. Eu não sei ser feliz.Eu não sei andar por aí bem, alegre e otimista. Eu sou triste, eu sou a menina do canto com mangas longas. 

Preciso chorar, preciso gritar, preciso me cortar. Meu passado é pesado  demais pra que eu consiga carregá-lo.  Se todas as pessoas que me magoaram conseguissem olhar dentro da minha alma e ver o que elas fizeram, elas sentiriam nojo de si mesmas. Não como me sinto...triste, derrotada, com medo...

Desesperada.


Purple Butterfly

Eu sei como é


Eu sei como é odiar a si mesmo. Eu sei como é desejar não ter nascido, desejar não ser quem você é, desejar ser aceito. Sei como é fugir do espelho, sentir um arrepio correr pelo corpo toda vez que olha pra uma balança, odiar seu próprio corpo. Sei como é se sentir completamente sozinho e incompreendido, odiado e indesejado, uma piada ambulante. Sei como é querer fugir de si mesmo, sair todos os dias de casa com um sorriso que não é seu. Sei como é ter que esconder as cicatrizes, colocar a culpa no gato ou no cachorro e dizer que foram arranhões.

Sei como é andar na rua e sentir como se vergonha, culpa e desespero estivessem estampados em seu rosto para todos verem. Eu sei como é ver as pessoas rindo da sua dor, ver as pessoas dizendo que você não é nada, não é suficiente. Eu sei como é se esconder debaixo das cobertas e chorar baixinho toda noite. Eu conheço o desespero de ser assim, de não enxergar um futuro. Eu sei como é desejar loucamente a morte.

Eu sei como é desejar a lâmina, o sangue, os cortes.

Você não é o único, não está sozinho.

Purple Butterfly

Hoje


Hoje está sendo um dia difícil, não muito diferente do resto dos meus dias. Meu corpo todo está gritando “Sua gorda, se corte!”, mas eu estou resistindo. Ás vezes eu simplesmente não sei como consigo conviver comigo mesma. Eu odeio meu corpo, confesso que do meu rosto eu até gosto, mas o fato de eu ser gorda acaba com tudo. E as cicatrizes espalhadas por eles. Elas me lembram de tudo, me lembram do suicídio, de não comer, de ficar dopada o dia inteiro.

Estou resistindo, mas me sinto cheia, quero por tudo pra fora, quero encher minha barriga de cortes. Como eu sinto falta dos cortes, mas eu não quero mais me cortar. O problema é que toda vez que me lembro do quão gorda eu sou, toda vez que eu como, toda vez que olho pra balança, eu me lembro que eu mereço a dor enquanto for assim.  Se eu conseguisse ao menos chorar, liberar tudo isso, mas não. Eu sinto que ainda não cheguei ao meu limite, quando eu chegar ficarei horas chorando.

E essa é minha vida: conviver com minha mente me torturando, resistindo o máximo que posso e ao chegar ao meu limite, me desfazer em lágrimas.

Purple Butterfly

Sobre o blog.



Lágrimas, elas raramente caem de meus olhos, mas quando caem, não querem parar de cair. O que costuma representar minha tristeza é meu sangue. Já estou tão acostumada com os cortes que meus olhos desistiram de chorar. E então surge "When i'm crying", um blog que vai contar meus sentimentos, aqueles que vem à tona quando estou tão carregada e consigo me expressar com lágrimas. Não são sentimentos bonitos, então se você quer ler sobre fantasia e alegria aconselho que visite outro blog, por que aqui vocês vão encontrar meu cansaço, minha tristeza, meu ódio, minha dor.

Purple Butterfly
"As vezes dá preguiça, na areia movediça. Quanto mais eu mexo mais afundo em mim."
Danni Carlos